A desonestidade intelectual é bem patente nas elites portuguesas que induzem o povo a pensar que o atraso de Portugal na época contemporânea se deve ao Estado Novo. Nada mais longe da realidade. Em boa verdade, o atraso de Portugal começou durante a vigência da primeira República. Mas, para sermos rigorosos, esse atraso começou na Revolução Liberal de 1820, quando o país começou a ficar à deriva. Mas se quisermos ainda mais rigor, teremos de recuar no tempo, até Alcácer-Quibir e à dinastia filipina que tomou conta dos destinos do país numa espécie de união Ibérica. Depois, a decadência acentuou-se, já depois da Restauração de 1640, com o ataque ao império ultramarino português e com a consequente perca de territórios. Chegamos então às invasões napoleónicas e à fuga do príncipe-regente e da família real, acompanhada das elites, para o Brasil. E eis-nos chegados à Revolução Liberal de 1820 e à independência do Brasil em 1822. Todos estes períodos foram marcados por inevi
Conservador no melhor do que tem o tema, herdeiro de Loecke e admirador confesso de Burke. Anti-comunista e anti-socialista, acredito no porvir e na verdade do mundo, bem diversa do que oficialmente admitida.