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A mostrar mensagens de abril 26, 2020

Porque só falam no Estado Novo e esquecem a 1ª República? V

A "famosa" questão económica do final do regime imediatamente antes do 25 de Abril é apenas "famosa" no sentido em que não passa de uma metáfora. Não se compreende a atitude de muitos autores e investigadores que repetem insistentemente a «crise económica» de que sofria o regime, já não de Salazar e do Estado Novo, ambos terminados em 1968, mas de Caetano e das suas progressivas liberalizações da sociedade e há quem veja (sendo esta a tónica dominante, por desconhecimento da história ou então por desonestidade intelectual) a curta vigência do marcelismo como um prolongamento histórico do salazarismo e do "fascismo" [ideologia inexistente em Portugal, mas que a ignorância e a falta da argumentos válidos validaram artificialmente]. Provavelmente havia que rebaixar ao máximo esses dois períodos. Os preconceitos ideológicos são isso mesmo, opinião admitida sem fundamento para não ter de a discutir e analisar previa e posteriormente. Também foi do interesse do...

Porque só falam no Estado Novo e esquecem a 1ª República? IV

Devo desde já esclarecer que não sou salazarista e nem sequer estou aqui a defender um modelo de governação muito concreto, apenas pugno pela verdade e o que nos é apresentado como verdade pelo regime oficial e pelos órgãos oficiais da imprensa, não corresponde minimamente à realidade dos factos. Salazar fez um milagre no campo económico e educativo mas cometeu erros, enganou-se diversas vezes, não geriu bem a questão colonial tendo sido teimoso e intransigente, querendo manter o que restava do império a qualquer custo. Ao não querer negociar atempadamente a independência das colónias, como o fizeram os restantes países europeus com as suas colónias, fez o país perder muito dinheiro e arrastou-nos para uma guerra colonial que nos foi prejudicial. De igual modo Salazar não soube, ou não pode, rodear-se de elementos de confiança que pudessem dar continuidade à sua obra. É hoje sabido que Marcelo Caetano, apesar das suas qualidades a certos níveis, era um espírito demasiado fraco e as su...

Porque só falam no Estado Novo e esquecem a 1º República? III

A Ditadura Militar e o Estado Novo Nascido de uma conspiração, o golpe militar de Braga desceu a Lisboa sem resistência visível, sem qualquer mobilização civil para se lhe opor e sem qualquer projecto alternativo ao liberalismo republicano. A Revolução de Maio tanto cooptou uma parte da elite política do regime deposto como viu acrescentar-lhe nas suas fileiras a oposição monárquica e os jovens fascistas [subsistem algumas dúvidas sobre quem eram na realidade e de onde vieram]. Esta síntese de elementos constitutivos do novo regime instaurou uma ditadura «sem ditador» num regime ainda não institucionalizado, pelo menos até 1933. Apesar deste condicionalismo a prioridade passou a ser o «saneamento financeiro da nação». A incerteza institucional facilitou a ascensão política de António de Oliveira Salazar, com a consequente credibilização pública de algumas reformas por si encetadas a partir de 1929, cujos bons resultados foram desde logo visíveis ao conseguir inverter o défice crónic...

A fraude do aquecimento global antropogénico

Most oxygen comes from oceans, not forests | The Real Agenda News É do conhecimento geral, excepto daqueles que tudo sabem e consideram que nada mais há para saber, que o aquecimento global antropogénico - a não passar uma mentira muito conveniente - faz parte da agenda de uma certa elite que pretende dominar o mundo a curto-médio prazo, desconfio que mais curto já do que médio. A questão climática é apenas uma de tantas outras reivindicações do conluio maçónico-ditatorial da Nova Ordem Mundial para que o controlo total das populações seja uma realidade, até se chegar à futura Idade dos Escravos. Não fora dar-se o caso de a verdade e a ciência caminharem a par, por muito que nos queiram esconder esse facto, as evidências começam a vir à tona. Tal como o azeite mergulhado em água vem sempre ao de cima, também as mentiras em nome de algo que está por definir e entender claramente começam a emergir à superfície. A manipulação de gente que não se respeita a si própria e nem sequer r...

Porque só falam no Estado Novo e esquecem a 1º República? II

São diversos os autores que consideram que a instauração do Estado Novo (primeiro da ditadura militar) ocorreu num período de relativa estabilidade económica e financeira. Ora, não se compreende de onde retiram essa ideia, porque os números apresentados contrariam claramente essa tese. Provavelmente, a insuportabilidade da verdade histórica incomoda-os, mais do que o rigor das contas públicas!! Outros investigadores, nomeadamente Fernando Costa Pinto, consideram que os grandes saldos negativos das contas públicas a partir de 1919 podem dever-se à fuga de capitais que não foram compensadas por aumentos nas remessas dos emigrantes. Em alternativa, considera o mesmo que esses saldos negativos podem igualmente ser uma consequência da sub-facturação das exportações portuguesas ou da sobre-facturação das importações portuguesas pelas empresas de importação-exportação. Mesmo tendo em conta qualquer uma dessas situações, nada justifica a actuação no plano económico da 1º república que foi man...

Porque só falam no Estado Novo e esquecem a 1º República?

A desonestidade intelectual é bem patente nas elites portuguesas que induzem o povo a pensar que o atraso de Portugal na época contemporânea se deve ao Estado Novo. Nada mais longe da realidade. Em boa verdade, o atraso de Portugal começou durante a vigência da primeira República. Mas, para sermos rigorosos, esse atraso começou na Revolução Liberal de 1820, quando o país começou a ficar à deriva. Mas se quisermos ainda mais rigor, teremos de recuar no tempo, até Alcácer-Quibir e à dinastia filipina que tomou conta dos destinos do país numa espécie de união Ibérica. Depois, a decadência acentuou-se, já depois da Restauração de 1640, com o ataque ao império ultramarino português e com a consequente perca de territórios. Chegamos então às invasões napoleónicas e à fuga do príncipe-regente e da família real, acompanhada das elites, para o Brasil. E eis-nos chegados à Revolução Liberal de 1820 e à independência do Brasil em 1822. Todos estes períodos foram marcados por inevitáveis decadênc...