A "famosa" questão económica do final do regime imediatamente antes do 25 de Abril é apenas "famosa" no sentido em que não passa de uma metáfora. Não se compreende a atitude de muitos autores e investigadores que repetem insistentemente a «crise económica» de que sofria o regime, já não de Salazar e do Estado Novo, ambos terminados em 1968, mas de Caetano e das suas progressivas liberalizações da sociedade e há quem veja (sendo esta a tónica dominante, por desconhecimento da história ou então por desonestidade intelectual) a curta vigência do marcelismo como um prolongamento histórico do salazarismo e do "fascismo" [ideologia inexistente em Portugal, mas que a ignorância e a falta da argumentos válidos validaram artificialmente]. Provavelmente havia que rebaixar ao máximo esses dois períodos. Os preconceitos ideológicos são isso mesmo, opinião admitida sem fundamento para não ter de a discutir e analisar previa e posteriormente. Também foi do interesse do...
Conservador no melhor do que tem o tema, herdeiro de Loecke e admirador confesso de Burke. Anti-comunista e anti-socialista, acredito no porvir e na verdade do mundo, bem diversa do que oficialmente admitida.