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A mostrar mensagens de abril 3, 2022

O mito igualitário

 Em todas as épocas, sociedades ou tempos, existem uma ou mais lendas fundacionais; um mito subjacente que reflecte o zeitgeist de cada tempo concreto. Todos os que vivem no Ocidente contemporâneo vivem encolhidos pelo mito da igualdade. As instituições políticas e sociais funcionam a partir da premissa (falsa) que todos os seres humanos são essencialmente iguais e que quaisquer desigualdades no mundo são, como tal, aberrantes, sendo imperioso desfazer as desigualdades nem que seja de forma coerciva. "A pior forma de desigualdade é tentar tornar iguais coisas desiguais". Já o dizia Aristóteles, mas passados mais de dois mil anos, são muitos ainda aqueles que insistem em não ver o erro! Contratações, despedimentos, admissões em Academias e até mesmo os padrões da linguagem estão sujeitos aos ditames loucos dos princípios igualitaristas. Endeusa-se os campeões da igualdade fazendo dos mesmos santos da racionalidade, ao mesmo tempo que se diaboliza os oponentes de tal doidice, c

O socialismo como modelo de perversão mundial

  O socialismo como fraude ideológica, filosófica e social mais do que comprovada, continua ainda hoje, apesar de todos os estragos cometidos, a ter adeptos ferrenhos e a iludir povos, pessoas e nações. Talvez porque a mentira fácil, dócil e inocente faça parte dos seus pressupostos. Por outro lado, o socialismo dando-se ares de modernismo e de um certo inconformismo a todos os que não pensam, ou se desabituaram de pensar, continua a ser atractivo para uma sociedade que renega o seu passado, as suas tradições históricas e culturais, que vive uma espécie de "presentismo" onde o passado "nunca deveria ter acontecido" e o futuro perfeito moldado pela acção socialista "será uma inevitabilidade para benefício de toda a humanidade". Isto vem a propósito de um livro escrito por Edgar Morin e Stéphane Hussel em 2011, intitulado O Caminho da Esperança , onde os mesmos debitam as suas incoerências socialistas ao mais alto nível. Mas vejam

A monstruosidade do marxismo

  Nos anos 60 do século XX, uma delegação sindical inglesa visitou os principais centros fabris da antiga URSS. Ficou a mesma profundamente impressionada com as más condições das fábricas soviéticas; deficiente ventilação, péssimas condições sanitárias, maquinaria sem as devidas protecções, mulheres a realizarem tarefas que em Inglaterra eram unicamente realizadas por homens, baixos salários, etc. Segundo os cálculos feitos por essa comissão sindical, um trabalhador russo casado e com 2 filhos, pagava o dobro dos impostos em relação a um operário inglês nas mesmas condições. Para comprar roupa, por exemplo, precisava do dobro ou até o triplo de horas de trabalho relativamente a Inglaterra.    O paraíso marxista, panorama fantástico ... mas transportando o cenário para a nossa actual época as condições miseráveis continuam...     Sustentava o marxismo que o governo do proletariado era uma inevitabilidade. Esqueceu-se, muito convenientemente, que qualquer acção de p

O fascismo e a sua falsa definição

 O que é o fascismo? Esta pergunta tão simples quanto enigmática está hoje muito em voga, considerando que a própria constituição, num dos seus primeiros artigos proíbe a existência de partidos fascistas, mas não esclarece o significado de fascismo, e hoje o termo serve de arma de arremesso político por parte de partidos, sobretudo, de extrema-esquerda. Um dos primeiros trabalhos sérios em Portugal sobre o fascismo foi dado à estampa pelo diplomata e advogado Valentim da Silva (25-03-1875/11-11-1947) que, pelos vistos, assistiu em pessoa ao aparecimento do movimento em Itália. É um trabalho sério, descomprometido, objectivo e bem documentado, sem julgamentos de valor e totalmente desapaixonado.  Descreve o ensaísta a situação política de Itália desde o princípio do século XX até às vésperas da 1ª Grande Guerra:                           «Num ambiente de artificioso parlamentarismo, sem correntes de definidos princípios, vivendo na subserviência das clientelas, os partidos constituciona