« Ainda não vivi o suficiente para que as minhas memórias sejam lidas. Ainda só falei de mim. (...) Admito que para mim é uma verdadeira vingança - para desmascarar - através destas memórias tantas vítimas, ou tantos felizardos que o mundo - ou o azar - fez. (...) A minha família é suficientemente conhecida para que eu esteja dispensado dela falar. A reputação de justiça, de desinteresse do meu avô, dentro de um corpo de magistrados onde virtudes semelhantes eram tão comuns, será suficiente. Houveram muitas crianças que morreram muito novas, excepto uma rapariga, que mais tarde viria a ser a duquesa de Cossé, e o meu pai, cujo nascimento veio, como dizem as escrituras, «honrar a sua velhice». Rendíamos-lhe um culto muito dedicado e especial; morreu com 90 anos em 1793, logo após dormir o sono dos justos, não tendo conhecido nem as doenças da alma nem as do corpo. Tinha sido apresentado a Luís XIV durante a infância. Ele lembrava-se, e retratava-o de modo absolutamente dedica...
Conservador no melhor do que tem o tema, herdeiro de Loecke e admirador confesso de Burke. Anti-comunista e anti-socialista, acredito no porvir e na verdade do mundo, bem diversa do que oficialmente admitida.