A liberdade, poderosa arma com a qual se perturba o mundo significa: «independência sem limites e sem restrições, desobrigação de obedecer a qualquer autoridade, independência espiritual sem condicionalismos de revelação ou limitações dogmáticas. Independência da vontade, que não se submete a qualquer potência autoritária, que não reconhece hierarquias, estruturas, rei, papa ou deus. Independência da personalidade, que quebrou todos os laços que a mantinham captiva; laços físicos e morais, laços da terra e do céu, para realizar o propósito da independência humana, para a sua emancipação total e absoluta».
Será mediante a liberdade, a servir de alavanca, e pelas paixões humanas como ponto de apoio que acabaremos definitivamente com a realeza e o clero inimigos implacáveis dos povos, mais funestos para a humanidade do que o tigre para os restantes animais (sic)...
Igualdade, o nível todo-poderoso com o qual transformamos o mundo, significa: «igualização das propriedades, pois os direitos do homem sobre a terra como cidadão de um só e mesmo mundo, assim como filho de uma comum e mesma mãe, são mais antigos e sagrados do que qualquer contrato ou qualquer costume, e, por consequência, os direitos têm de ser quebrados e os costumes anulados. Igualização das fortunas, pelo equilíbrio proporcional dos salários, pela abolição completa e radical das heranças, pela expropriação das companhias financeiras, pela apropriação da parte dos povos dos bancos, dos transportes, das minas e de todos os serviços financeiros. A igualização dos indivíduos, pela solidariedade, pelo usufruto comum de toda a produção».
É através da igualdade que será possível acabar com a aristocracia do dinheiro, carrasco implacável e explorador dos apetites humanos.
Fraternidade, a promessa toda-poderosa com a qual estabelecemos o nosso poder, significa: «fraternidade dentro da maçonaria, para constituir um Estado dentro do Estado dotado de meios próprios e com um funcionamento independente do Estado, desconhecido do Estado. Para constituir um Estado acima do Estado, com uma unidade, um cosmopolitismo e uma universalidade que o tornarão superior a qualquer outro Estado. Um Estado contra o Estado, enquanto existirem exércitos permanentes, instrumentos de opressão, princípios de parasitismo e obstáculos a toda e qualquer fraternização».
É mediante a fraternidade que acabaremos com o parasitismo, a repressão armada, o ódio humano e toda e qualquer discórdia entre os homens, regiões e nações.
Fonte:
MEURIN, Léon - La Franc-Maçonnerie, Synagogue de Satan - Paris: Librairie Éditeurs, 1893, pp. 286 a 288.
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