Os templários foram acusados de crimes que levaram ao fim da ordem e à sua transformação, no caso português, protegidos por D. Dinis, mudando o nome para «Ordem de Cristo».
A maçonaria diz-se herdeira dos templários mas de que modo e em que circunstâncias? Perpetuando os seus mistérios e o seu nome ou sob o emblema da ordem? A maçonaria pensa que os templários trouxeram para a Europa uma nova religião com uma moral desconhecida até aí. Assim sendo, a moral maçónica nada tem a ver com o cristianismo, antes se ancora num princípio de fraternidade falsa, camuflada igualmente num secretismo inimigo do bem-estar e da unidade cristã. Ao contrário do que dizem os maçons, os templários, apesar de influenciados pela cabala oriental, nunca pretenderam acrescentar novas virtudes evangélicas ao cristianismo pois sabiam que os mistérios cristãos eram incompatíveis com os sincretismos vindos do oriente. A religião de «Jehovah» que a maçonaria reclama como herança dos templários, não passa de uma mentira bem urdida para confundir os espíritos menos atentos e avisados. Além do mais, nem sequer podem os mesmos reclamar essa tradição dos antigos mistérios pagãos e dos sábios, porque «o culto de Jehovah» não é estranho ao cristianismo, bem pelo contrário.
Os maçons e o seu culto, fariam melhor figura em vez de o esconder e dissimular, e serem menos ardentes na sua "vingança", se se tratasse realmente do culto universal cristão. E se a política partilha os alarmes da religião, qual seria o subterfúgio dos adeptos que juram vingar a liberdade, a igualdade e todos os direitos da sua "associação ultrajada" pela destruição dos templários? É em vão que se alega inocência para os templários, quando se pretende vingá-los, como faz a maçonaria, considerando que o rei Filipe e o papa Clemente V devem ser acusados desse morticínio. Essa ideia estúpida de vingança não tem qualquer sentido prático, ou a mesma recai sobre os sucessores do rei Filipe e dos sucessores do papa Clemente V, ou então, ela representa apenas e só uma tentativa (utópica) de regeneração dos laços de sangue dos integrantes templários até aos maçons actuais.
Podemos perfeitamente compreender que o sermão da vingança tem outro objectivo bem diferente, e nada tem a ver com o fim dos templários em si. O que a maçonaria sempre pretendeu, acabando por o conseguir, em parte, foi o fim das monarquias e o fim da religião cristã vendo assim nesse desiderato a vingança tão afanosamente proclamada desde há pelo menos 4 séculos. Ou seja, esta pretensa vingança sobre Filipe e Clemente V, era apenas uma desculpa para conseguirem dominar o mundo e os governos, de forma subterrânea e sem representação directa nos mesmos, ao mesmo tempo que as suas ideologias e conspirações se infiltrassem na política e na economia. E passados 300 e tal anos o objectivo foi plenamente conseguido.
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