A Constituição abrilina está cheia de alçapões e de falcatruas e os artigos que a constituem foram feitos à medida de uma tendência muito específica. Seria de bom tom saber quem participou da sua elaboração, quem a delineou e com que objectivos. As incongruências e as contradições são várias e de vários modos, por exemplo, o artigo que diz respeito a certas ideologias em que o artigo 13º na sua alínea 2 diz claramente: «Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem , religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual».
Como bem sabemos, as convicções políticas ou ideológicas não são respeitadas de modo equitativo. Nem tão pouco as orientações sexuais, é ver o achincalhamento da única orientação sexual válida e possível sempre em detrimento das orientações alternativas, e muito menos as orientações religiosas e as ascendências quando também é sabido que hoje os cristãos e os brancos são discriminados na sua própria terra e espaço de origem.
Os que denunciam o que se está a passar são classificados de fascistas, de modo totalmente incoerente e com um desfasamento da realidade que parecia impossível. Mas na verdade, com a ascensão do comunismo gramsciano e do socialismo fabiano, tudo isto e muito mais é possível. A antifaria internacional, e também a nacional, que combate inimigos reais e imaginários, ignora que o fascismo não é "pau para toda a colher", ignorando igualmente que o fascismo representou um movimento de centralização da economia no Estado, tal como o comunismo. A única diferença entre os dois autoritarismos prende-se com os fins últimos; o fascismo é um autoritarismo centrado no Estado/Nação e o comunismo é um autoritarismo centrado no Estado/Ideologia. Ambos os autoritarismos têm uma origem comum e o desvio que caracterizou estes dois autoritarismos foi apenas de ordem prática, um quis dominar a vida política e social pelo Estado e o outro quis dominar pela ideologia. Nada mais do que isto.
Assim sendo, não se compreende a alínea f do artigo 3º do Título I do Tribunal Constitucional que "declara que uma qualquer organização que perfilhe a ideologia fascista deve ser-lhe decretada a respectiva extinção". O mesmo deveria acontecer ao comunismo para haver reciprocidade e justiça, pois eles são "primos afastados", não se vendo nem vislumbrando menor perigosidade no comunismo relativamente ao fascismo.
Esta lei é incongruente e contraditória pois, o que é o fascismo? Onde é que existe, ou existiu fascismo nos últimos 60 anos? Onde?? Quem são os fascistas em Portugal?? São os que têm um discurso "fora da caixa", fora do sistema abjecto que nos (des)governa?? São os que têm noção da vergonha e da cleptocracia comunista que governa de forma dissimulada e subterrânea o país??
Sem esquecer que esta lei está em flagrante contradição ao que diz o artigo 13º na alínea 2, como mencionado mais acima. Mas esta contradição dilui-se quando sabemos que o ódio ao Estado Novo e a Salazar deu para tudo. Deu para classificar esse regime de fascista, mentira já desmontada por diversos historiadores e especialistas do tema, deu para manter um ódio bem patente ainda na sociedade portuguesa mediante a participação criminosa dos comunistas na constituição de 1976 e deu ainda para continuara a enganar e a iludir o povo português, ao proclamarem a vanguarda progressista de uma país saído de uma pseudo-revolução, quando na realidade o atraso de Portugal é manifesto e devido a uma mentira que alimentou e alimenta o ego a meia-dúzia de anti-portugueses.
Mas as contradições não se ficam por aí! Vejam bem o que a merda comunista inventou. No artigo 18º na alínea 3 é dito: «As leis restritivas de direitos, liberdades e garantias têm de revestir carácter geral e abstracto e não podem ter efeito retroactivo nem diminuir a extensão e o alcance do conteúdo essencial dos preceitos constitucionais». Isto é uma farsa, UMA MENTIRA descarada, porque não é isso que acontece, bem pelo contrário.
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