As academias e universidades americanas não cessam de espartilhar o bom senso e as normais relações humanas. Todas as patologias e podridões originam-se nos meios académicos americanos sendo depois espalhadas pela Europa, patrocinadas pela plutocracia internacional e pela maçonaria destruidora de povos e nações.
A última "moda", se assim lhe podemos chamar, é a «apropriação cultural». Em boa verdade, a apropriação cultural iniciou-se nos estudo pós-coloniais, não é propriamente uma novidade, mas só nos anos mais recentes se manifesta em pleno. A ideia é simples, os poderes coloniais não apenas impuseram a sua própria cultura nos países colonizados, mas apoderaram-se de aspectos culturais desses países levando-os para as respectivas metrópoles. Uma leitura positiva deste facto podia vê-lo como imitação e a forma sincera de lisonja. Podia, pois, uma boa parte dos docentes minados pelo marxismo cultural, não interpretam os factos de forma positiva. A leitura feita é a menos positiva possível, a mais radical no pior sentido como se os colonizadores tivessem sido os maiores diabos.
Ora, considerando que os colonizadores foram o diabo personificado, o roubo cultural foi o último insulto do colonialismo. Violadas as reservas naturais de um país e sujeito o seu povo a domínio estrangeiro, os poderes coloniais não podiam sequer deixar os povos dominados com a sua cultura incólume e não apreendida. [Murray; 2020, pp. 148 e 149]
O «complexo colonialista» faz parte da onda insana do marxismo cultural, considerando-se que o colonialismo foi mau para os colonizados. Uma mentira, uma fraude. Como é sabido se a colonização não tivesse acontecido muitos desse países colonizados estariam hoje bem pior do que estão. Nem sequer vou argumentar com exemplo algum, seria fastidioso estar aqui a repetir o que é amplamente conhecido. Excepto para os que sofrem do «complexo colonialista».
Mas vejam bem ao ponto que chegou a paranoia; a primeira onda de acusações à apropriação cultural chegou em relação às máscaras inadequadas (!?) como as que tinham aterrorizado os alunos de Yale no Halloween de 2015. O medo explícito era de que houvesse incidentes envolvendo pessoas que não sendo nativas americanas usassem, por exemplo, um toucado de nativos americanos.
Outro exemplo bem ilustrativo da insânia - Em 2016 uma mulher de Portland abriu um bistrô chamado Açafrão Colonial. Multidões furiosas juntaram-se à porta do restaurante acusando-a de racismo e de glorificar o colonialismo!! Refira-se que Portland, no estado de Oregon, começou a distinguir-se como "o laboratório de testes de todas as ideias doidas" relacionadas com a nova vaga marxista cultural. Sucede que perante as pressões nas redes sociais e em Websites dedicados a avaliação de restaurantes, a proprietária teve de ceder e mudar o nome do restaurante. Outro caso verdadeiramente hilariante (que de hilariante nada tem, claro) aconteceu com um casal que abriu uma rulote para vender burritos, também na zona de Portland. Segundo as regras dos tolinhos da zona, este casal era culpado de apropriação cultural, especificamente, de "roubar" a cultura mexicana por, não sendo mexicanos, venderem burritos. Os proprietários da rulote receberam ameaças de morte e tiveram de apagar as suas páginas nas redes sociais e, por último, fechar o negócio. [Murray; 2020, p. 149]
É chocante e altamente discriminador, para dizer o mínimo, constatar-se que pessoas não tinham o direito de cozinhar a comida que cozinhavam porque tinham o ADN errado!
Depois da vitória dos doidos sobre a rulote de burritos foi compilada uma lista e posta a circular pleos activistas da paranoia do Oregon, intitulada: «Alternativa aos restaurantes apropriativos de brancos em Portland». Apresentava restaurantes de pessoas de cor!! Mas a tolice e a patologia aguda não se ficou pelo Estado de Oregon, transferiu-se para outras zonas americanas e também para a Europa. O caso mais recente passou-se em Inglaterra, quando uma deputada negra chamada Dawn Butler denunciou um dos chefs mais famosos da televisão nacional. Jamie Oliver lançou recentemente um novo prato, «Punchy jerk rice». Das críticas a aspectos em falta numa receita, passou-se rapidamente para uma questão racial e Butler expressou o seu descontentamento no Twitter. Questionou Oliver por não saber o que era realmente a galinha jerk jamaicana, e afirmava que a apropriação das coisas jamaicanas tinha de parar. Felizmente, a cadeia de restaurantes de italianos de Oliver, não ligou patavina às tolices de Butler e continuou a produzir o prato.
Para terminar, só mais um exemplo da sanha purista dos ideólogos da asneira. No ano de 2018, uma rapariga chamada Keziah, partilhou fotografias online do vestido que ia usar no seu baile de finalista. O vestido vermelho era de um nítido estilo chinês e era óbvio que a rapariga pretendia apenas obter alguns likes por estar gira. Mas, em vez dos elogios que procurava, a rapariga deparou-se com uma censura mundial. «O tema do baile era racismo casual?», perguntavam-lhe vários utilizadores do Twitter. Outros acusaram a rapariga não chinesa de apropriação cultural por usar um vestido de inspiração chinesa. [Murray; 2020, p. 150]
Perante tanta loucura e insensatez, para ser manso, a pergunta-se impõe-se: O que é que estes marxistas culturais pretendem com a nova palavra mestra «apropriação cultural»? Penso que a resposta não é nada difícil, é bem fácil e está à vista de todos os que forem sérios e não estejam contaminados com o veneno marxista cultural.
Comentários
Enviar um comentário