«Em 1988 Peggy McIntosh, do Wellesley college (cuja área de pesquisa eram os «estudos sobre as mulheres»), publicou White Privilege: Unpacking the Invisible Knapsack. O trabalho em si mesmo é não tanto um ensaio como uma lista de afirmações de algumas páginas. Nestas, McIntosh lista 50 coisas que afirma ver como os efeitos diários do privilégio branco. Incluem afirmações como «Posso, se quiser, combinar estar na companhia de pessoas da minha raça a maior parte do tempo», e, «Posso ir às compras sozinha quase sempre, com a garantia de que não vou ser seguida ou assediada». [Murray; 2020, p. 62]
Porque é que as pessoas não podem decidir com quem querem estar? E porque é que esta decisão, de querer passar a maior parte do tempo com pessoas da mesma raça, é privilégio?? Desde sempre que o ser humano se identificou com certos grupos ou pessoas, não tem de haver algum mal nisso. Mas segundo a paranoia colectiva que enferma as universidades e clubes esquerdistas, isto é errado, temos de estar com quem não queremos, contra nossa vontade, pois senão seremos "privilegiados(!?)". E repare-se que a insânia já vem de longe, este excerto do estudo de McIntosh é de 1988! Uma pergunta se impõe: E os negros ou de outras raças que querem estar com negros ou com os da sua raça específica? Isso não é privilégio??? ...
(...) «White Privilege está escrito de uma maneira invulgarmente clara e avança uma afirmação clara - a de que as pessoas têm de reconhecer os privilégios que podem ser identificados nas suas próprias vidas. Diz que as pessoas que beneficiam das estruturas de poder existentes não as conquistaram. E, mais significativamente, afirma que uma variedade de grupos (incluindo pessoas de orientações sexuais e raças diferentes) sofrem de "opressões interligadas". É como se todos os departamentos de estudos reivindicativos se tivessem reunido num imenso seminário». [Murray; 2020, p. 62]
Mas que espécie de critério serve para afirmar que pessoas que beneficiam das estruturas de poder não o «conquistaram»? Estaremos no mundo da loucura psicótica? Então, o esforço individual, o sacrifício, o trabalho árduo, a dedicação e o mérito não contam para nada?? Querer dizer que algumas pessoas beneficiam de cargos, em especial na função pública, em empresas públicas e a nível político, sem o merecerem e apenas como paga de favores, é uma coisa, agora afirmar que outras que trabalharam com afinco e no duro para chegarem onde chegaram não merecem esses benefícios, é delírio puro e inveja!! Ou ainda pior!! Quanto às opressões interligadas, isso não passam de patagoadas sem sentido, próprias de gente sem nada na cabeça e cuja principal preocupação é desconstruir a sociedade e o homem. Mais uma TOLA - Peggy McIntosh - com merda na cabeça e cujo mérito é apenas possuir um alvarã de inteligência, fornecido por uma qualquer universidade.
«Na opinião de McIntosh, de Kimberlé Crenshaw (outra doida furiosa) e de outros que faziam afirmações semelhantes, a natureza destas opressões interligadas precisava de ser resolvida. Existe sempre a sensação de que, uma vez que sejam desfeitas algo de maravilhoso pode acontecer. Porém, como é normal nos utópicos, o mapa da utopia não está incluído no plano. Apesar disso, McIntosh incentiva as pessoas a "aumentar a sua consciência quotidiana» sobre a natureza do privilégio e a tentarem usar "o seu poder arbitrariamente atribuído para tentar reconstruir sistemas de poder de base mais alargada». [Murray; 2020, p. 63]
A utopia está ligada a um tipo muito particular de crença que transcende as normais relações humanas, fazendo acreditar que mediante intervenções concretas sobre o homem e o mundo o paraíso na terra será uma realidade. Esta é uma das principais enfermidades de que sofre a mente minada pelo extremismo esquerdista, tipicamente falacioso, mentiroso e destrutivo. Muito mais haveria para dizer, mas tal excederia o tempo disponível e a discussão obrigaria a uma longa digressão. Em próximos posts abordar-se-á este tema com mais ênfase.
«Isto sugere que McIntosh não é contra o poder, apenas a favor de uma redistribuição diferente deste. Tudo está tão mal definido que, em tempos normais, uma tal lista de afirmações não teria rompido as paredes de Wellesley. E, durante muitos anos, decerto não rompeu as paredes da academia em geral. Mas White Privilege sobreviveu em tempos muito anormais - tempos em que as pessoas se apressavam a voltar a explicar as coisas. E veio a revelar-se que, pese embora tão simplista, este simples apelo à autoconsciência e à redistribuição foi mesmo muito eficaz numa época de desordem intelectual». [Murray; 2020, p. 63]
Lá está, a desordem intelectual dos nossos dias acabará por nos levar à ruína, física, mental e económica. Se o manifesto de McIntosh esteve em estado latente durante muitos anos, de um momento para o outro, foi ressuscitado e elevado à condição de "epístola sagrada" do revisionismo cultural e social da esquerda. Isto não vai dar bons resultados, aliás, já não está a dar...
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