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Olhó pedinchas!

Portugal outrora grandioso
hoje reduzido ao ignominioso
uma velinha para o ouvinte
outra para o sobrinho
e uma esmolinha para o pedinte

cavacas e churrascos
pentes de mármore
marmelada para o choramingas
chouriça assada no lombo
para mim e para a tia, pombinhas





fretes e fretinhos                                                             
carneiros e salgadeiras
papá eu quero, dinheirinho
para o meu primo maneta
e para o meu povo, coitadinho

ah meu goês de uma cana
atão tu nukutinhas, aqui vai
grande suma de vergonha e lata
mama aqui que eu sou teu pai


leiteiro de uma vara torta
meu cabrão desavergonhado
vais ver a quantos de maio pariu a poupa
puxa a língua e põe a cabeça de lado

Grande vesgo e pilantra
muchacho do momento único
vida de ouro e prata
à custa do suor do bruxo
tonto, brejeiro e roto

o brilho do teu cu
de tanto andar já me arrebenta
quem te cobriu
grande filho da puta





Comentários

  1. Ah ah ah ah! O que eu me ri com este seu poema, caro Em´ídio! Parece que o Bocage deixou sucessores à altura!... Claro que a meio da posta ainda tive que engolir em seco com a fotografia do Costa a fazer a vénia ao Rutte, mas as risadas compensaram a vergonha!

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  2. Oh Afonso, perante a tristeza destes governantes o melhor remédio é mesmo rir. Entre rir e chorar, prefiro rir, mas há momentos em que devíamos chorar a rir... cumprimentos.

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  3. Caro Aries, olhe que tudo isto foi de improviso. Eu limitei-me a olhar para a vénia (ou quase vénia) do pedinte e fiz uma poesia a jeito. Rir faz bem à saúde. Obrigado, caríssimo.

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