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Igualdade e QI

Os cânones de uma civilização dita moderna (seja lá o que isso significa e ficando a dúvida legítima sobre que critérios definem uma sociedade moderna), baseiam-se para além de outras características, na diversidade e na igualdade. A igualdade é o objectivo declarado de todos os governos ocidentais, o propósito declarado de todas as principais organizações cívicas e a aspiração de toda e qualquer pessoa que deseje ter um lugar numa sociedade polida. Paradoxalmente, a aspiração à igualdade, transporta consigo uma bomba ou mais bombas prestes a explodir; o que significa a igualdade? E ela existe na realidade? E cada um de nós é igual a quem e a quê?

Todos os homens são iguais na sua dignidade e todos devem obedecer à mesma lei, esta máxima do personalismo cristão, é a única igualdade passível de existência. Todas as outras igualdades decretadas por decreto são falsas e ilusórias, apenas pretendem criar uma igualdade social que permita igualar e nivelar os meios e as condições de existência, mas que na realidade nada mais fazem do que acentuar o desnivelamento dos meios e condições de existência. Embora os homens possuam uma natureza e uma dignidade comuns, eles não são iguais entre si e muitas vezes, quase sempre, não têm qualquer semelhança em vários aspectos. Os homens não são igualmente bonitos, igualmente fortes ou sensatos, não possuem os mesmos interesses e capacidades, não revelam o mesmo grau de inteligência de espírito de sacrifício, não são igualmente prósperos e ricos e nem sequer passíveis de serem amados em igual grau e intensidade.

Um filho de pais ricos terá oportunidades que um filho de pais pobres não terá, ou pelo menos, terá muitas mais dificuldades e entraves. As vantagens que uma família rica relativamente a uma pobre auferirá, dará desde logo possibilidades de êxito e de realização que os mais pobres terão muita dificuldade em conseguir. Embora todos tenham direito e acesso ao melhor ensino, nem todos poderão frequentar as melhores escolas, nem todos poderão ir para as melhores universidades. A esquerda utópica, saída das inverdades gnósticas, acha que tudo se nivela e adequa mediante a introdução de uma igualdade a pedido.
A necessidade de igualdade e mesmo de equidade reclamada de modo disforme pela esquerda, guia-se ainda pelo sofisma não declarado de que essas reivindicações são não só possíveis como desejáveis, quando, de facto, essas reivindicações são impossíveis local e e nacionalmente, quanto mais a nível global. 

A universidade de Harvard [Murray; 2020, p. 169] foi a grande mentora internacional deste «enviesamento implícito» ao considerar que a questão do QI e das suas diferenças entre povos é mais uma questão de racismo, mas o que fica decididamente implícito é que a universidade mais antiga dos EUA é ela própria racista ao desconsiderar e ignorar as diferenças de QI entre povos e raças, assim como ao ignorar as desigualdades manifestas entre toda e qualquer pessoa. Tal como a maioria das universidades americanas, Harvard queria erradicar a ideia de que o preconceito racial fazia parte do seu processo de selecção de alunos. Porém, verifica-se que quando se tenta erradicar a ideia de enviesamento racial, não se obtém uma hierarquia etnicamente representativa, mas uma hierarquia que favorece descaradamente e desproporcionalmente certos grupos. As estratégias das universidades para aumentar o número de povos do terceiro-mundo a frequentar as universidades é vergonhoso. Não tem em conta o QI, o desempenho e a questão racial, o caso de Harvard é flagrante e manifestamente contra os grupos que se estavam a sair bem para favorecer outros grupos menos preparados. Ao pretender ser cega às raças, na realidade Harvard montou um processo para melhorar as oportunidades de alguns, num processo claramente obcecado por certas raças, de que é exemplo a preferência por grupos afro-americanos e asiático-americanos.

As pesquisas sobre genética e QI são, entre muita concorrência, provavelmente o assunto mais perigoso, delicado e escondido de todos. Muitas investigações foram realizadas sobre o tema, e como os resultados não estavam conforme o pretendido pelas esquerdas, tratou-se logo de as cobrir com tanta terra quanto possível, desacreditando os seus autores ao mesmo tempo que eram acusados de «Nazismo académico» [Murray, p. 171] e que estas investigações eram propaganda nazi e fascista, além das óbvias teses de racismo.




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