Avançar para o conteúdo principal

Nulidade republicana e presidência inútil

Fantástica notícia hoje do presidente da república a pretender justificar a realização da festa do Avante. Diz o douto que os portugueses têm de perceber o estado de excepção para essa festa! Mas, perceber o quê? O que há para perceber?? E qual a verdadeira dúvida dos portugueses perante a realização dessa festa? Mas afinal, os portugueses são burros na visão republicana??

Como monárquico assumido e apesar de reconhecer que hoje a monarquia está desvirtuada, seja onde for, não posso deixar de reconhecer que o nosso sistema republicano não serve para nada. Seria preferível uma "monarquia coxa" do que assistirmos a uma impotência generalizada da república, com poucos poderes directos da parte do seu presidente. Além do mais, temos um actual presidente exclusivamente preocupado em agradar a "gregos e troianos" em nome da sua reeleição. 
A covardia deste presidente começa a colocar os nervos em franja à população, o mesmo revela-se um falso, um cínico, uma nulidade enquanto representante máximo da nação portuguesa

Não me interessa se a festa do Avante se realiza ou não, mas interessa-me e preocupa-me que haja dois pesos e duas medidas. Em nome de quê?? Pois, mais uma vez, em nome da reeleição do actual presidente. Desagradar aos comunistas equivaleria a perder uma parte dos apoios que ele sabe que terá daquele sector político. Não se governa para os portugueses nem para Portugal, governa-se para agradar a todos, não agradando verdadeiramente a quem quer que seja, num exercício da mais pura demagogia e insensibilidade política, em sentido contrário aos reais interesses de um país com sérios problemas estruturais e económicos. Quando se precisava de um presidente forte, apesar dos seus poucos e limitados poderes, que desse dois murros na mesa, que fizesse ouvir a sua voz e desse corpo aos problemas reais do país, o que temos é o contrário disso tudo; temos um palhaço no cargo, cuja meta primordial passa por tirar selfies e dar beijinhos e abraços ao povo ignaro, num movimento populista de baixa categoria, sem sentido de Estado, sem a noção do que deve ser um acto governativo responsável e o que deve ser um verdadeiro Presidente da República. 

Mas o mais engraçado é o tom de falsete que este palhaço, e reservo-me o direito de lhe chamar isto e qualquer pessoa pode reservar-se esse direito tendo em conta a sua ineficiência, manifesta a todo o instante. Diziam mal do anterior presidente não sem razão, mas este, sinceramente, ainda consegue ser pior. Arrisco-me a dizer que temos o pior presidente da república de sempre. A história há-de julgá-lo, não agora, mas quando a distância temporal se manifestar em pleno, o seu julgamento será implacável e fulminante. Excepto para os ignaros que acreditam em palmadinhas nas costas, beijos, abraços, selfies, palavreados amorfos e destituídos de um verdadeiro sentido de Estado.


Um aparte: quando penso no caso de Espanha em que os espanhois estão ansiosos por acabar com a monarquia para instaurar uma república, digo, eles não fazem ideia da asneira que cometerão. Não fazem ideia das consequências altamente nefastas que se seguirão.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O marquês de Pombal, o analfabetismo, o atentado a D. José e a fraude pandémica

O atraso de Portugal, quer a nível económico, quer a nível social ou a nível cultural, começa em meados do século XVIII. Passada a fase de grande prosperidade com D. João V e a chegada ao poder de D. José I, a liberdade e a alfabetização de Portugal sofreram um grande retrocesso. Esta tendência "suicida" de destruir o bom que já vinha de trás é paradigmática do processo de involução que este país tem vindo a sofrer desde há pelo menos 300 anos. A fase de fraude pandémica é apenas o corolário lógico de um acumular de farsas e mentiras. Quando os factos são conhecidos, não há surpresa quanto ao atraso de Portugal relativamente à Europa civilizada.  O nosso atraso nada tem a ver com a religião católica como de modo totalmente leviano e com uma boa dose de ignorância se afirma nos livros de história, tese partilhada e difundida por muitos historiadores. O nosso atraso começa com um dos maiores crápulas da nossa história, precisamente, o marquês de Pombal. Afirmar que os país

Revisionismos - a decadência moderna de Portugal

Há um movimento decisivo na história das nações europeias, 1789, a data charneira, que iria acelerar os processos de desmantelamento da civilização judaico-cristã. O Portugal da transição do século XVIII para o XIX ainda vivia à margem dos efeitos revolucionários franceses, com o país a fruir de vantagens e de estabilidades decorrentes da sua posição geográfica e de porta de entrada na Europa. A geografia, desde sempre, representou e representa um papel de primordial importância na história das nações. Portugal é um caso paradigmático da sua excelente posição geográfica dentro do contexto europeu e mundial. Até aos anos imediatamente antes das invasões napoleónicas, as relações com França eram boas, as alianças externas do reino estavam perfeitamente estabelecidas e consolidadas, para além dos domínios do ultramar se revelarem tranquilos com ausência de problemas de segurança nas vias marítimas. Mas tudo se começaria a alterar a partir de 1797, com o infame Tratado de Fontainebleu. Na

Resultados eleitorais

 Confesso que os resultados eleitorais de ontem dia 10 de março de 2024 me deram um gozo tremendo. Mesmo considerando que as condições de governabilidade serão muito difíceis. Só de ver o ar de choraminguice de praticamente todos os paineleiros de serviço com o resultado estrondoso do Chega. O Chega é extremista, é racista, é xenofóbico (sic...), é populista, é um perigo para a democracia, tchim tchim tchim, tchim tchim tchim. Mas é engraçado que os paineleiros não dizem porque é que o Chega cresce e capitaliza cada vez mais votos; não dizem que as pessoas estão fartas destas políticas de merda, é mesmo este o termo, DE MERDA, dos partidos habituais; estão fartas de terem cada vez menos rendimentos disponíveis, estão fartas de pagar bens e serviços básicos ao preço de países milionários quando Portugal é um país miserável, que vive à custa dos subsídios europeus; estão fartas de compadrios, corrupções, tachos e favores; estão fartas de passarem a vida a pagar, sejam impostos, taxas e t