«Muito antes do Novo Mundo ou do apartheid na África do Sul , inventara-se no mundo árabe uma segregação racial que excluía os negros, ao lado de quem nunca se andava na rua. O tráfico negreiro árabo-muçulmano foi, portanto, uma das mais antigas vias em direcção à hierarquização das «raças». Convertidos ou não, os negros eram sempre tratados como inferiores. Um explorador colonial francês (Charbonneau) observava em 1677: «já se disse que a conversão ao islão era muito benéfica para os negros, pois um muçulmano não reduzia à escravidão outros muçulmanos. Tal imunidade talvez tenha sido válida noutros países, mas não no Senegal.» (...)
Contudo, no que diz respeito aos negros, o tráfico transariano e oriental esteve intimamente ligado ao desprezo e a um dos racismos mais primários e duráveis. A palavra árabe abid ou abd, significava escravo, tornou-se a partir do século VIII praticamente um sinónimo de negro. Os julgamentos racistas relativamente aos africanos eram recorrentes nos trabalhos dos historiadores e dos geógrafos árabes, (...). Fosse livre ou escravo, mesmo que estimado, o homem negro nunca era igual aos outros. Nas sociedades árabes, era proibido designar os negros pela sua filiação. Eram designados pelo nome ou por uma alcunha.»
In "O Genocídio Ocultado" de Tidiane N´Diaye, Gradiva, 3ª edição, 2020, p. 50
Façam-me os leitores um favor, distribuam e divulguem este excerto pelos burrinhos do bloco de esterco, pelos camelos do SOS Racismo e sobretudo, pelo Mamadou Ba, que nada sabe de história e desconhece os inventores do racismo moderno [os árabes], porque o mesmo nunca leu nada, nem investiga... divulguem este excerto o mais que puderem. Em próximos posts haverá mais citações textuais racistas.
Comentários
Enviar um comentário