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A Eurábia

Segundo diversos autores o conceito de «Eurábia» representa simultaneamente uma ideologia bem estabelecida e um sintoma, cujos efeitos a médio-longo prazo já se deixam adivinhar; uma atitude defensiva colectiva de povos que se deixaram submeter, por medo e por interesses económicos, ao totalitarismo islâmico.
Este totalitarismo islâmico é representado por diversas identidades, como sejam, a Liga Islâmica Mundial, a Liga dos Estados Árabes e a Organização da Conferência Islâmica, onde o fundamentalismo é quem mais ordena com projectos imperialistas de conquista mundial. 
A Eurábia é um conceito com grande força de expansão, sobretudo porque a Europa, antiga potência colonial, vive hoje uma grave crise demográfica e psico-social, para além da sua dependência extrema dos hidrocarbonetos do mundo islâmico. Como a Europa vive em crise permanente desde há alguns anos, o mundo islâmico decidiu avançar e penetrar no Velho Continente para o regenerar moralmente e religiosamente..
Mas a Eurábia só pode ser entendida na sua extensão total se a relacionarmos com a dimitude. A dimitude considera que os não muçulmanos, em terras dominadas pelo Islão, são inferiores e estão sujeitas aos muçulmanos, ou seja, a submissão voluntária e a cedência às reivindicações e ameaças dos islamitas.
A Eurábia justifica-se assim pelas atitudes e acções geopolíticas dos intelectuais e dos que decidem os destinos da Europa e do mundo ocidental em geral. Eles borram-se de medo dos totalitários do mundo dos hidrocarbonetos, borram-se de medo de serem confrontados com o islamismo e o terceiro-mundismo revanchista, mas também, e principalmente, pelos acordos económicos e políticos que assumiram com os países muçulmanos que abastecem de petróleo os países europeus.



 

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