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Direitos humanos vs direitos dos povos

A hipocrisia política e social dos nossos dias não conhece limites. Num recente tweet de Emmanuel Macron a respeito do assunto Navalny na Rússia, onde o mesmo invocou os «direitos humanos» em vez «dos direitos do homem». A expressão não é inocente como parece, nem inofensiva. No ano de 2014 um colectivo de individualidades apelou às Nações Unidas para que a «Declaração Universal dos Direitos do Homem», adoptada em 1948, fosse mudada para «Declaração Universal dos Direitos Humanos». Parece a mesma coisa por outras palavras, mas em boa verdade não é. 

O genérico masculino não é neutro, descaracteriza o género feminino, os seus interesses e as suas lutas, segundo a opinião avalizada de uma certa esquerda francesa e europeia. E digo francesa porque foi através da Academia Francesa que esta proposta de alteração nasceu. Academia essa infestada de esquerdistas de baixo coturno... Essa campanha e proposta de alteração ilustra, de um modo cada vez mais fanático e intolerante, o carácter intolerante do feminismo e do anti-racismo. Puro produto da desconstrução do marxismo cultural, onde os (ou será as?, independentemente de serem masculinos ou femininos) militantes praticam um totalitarismo no verdadeiro sentido do termo; tudo, absolutamente tudo, tem de passar pelo crivo inquisitorial das suas obsessões ideológicas.

Deste modo, realizam o sonho comunista, o desenraizamento humano das suas origens, família, pátria e raça ou etnia, numa paranóia colectiva de desvirtuamento biológico, sexual ou cultural. Da desconstrução das identidades regionais à teoria do género, passando pela cultura do cancelamento, a lógica do desenraizamento segue de "vento em popa".

Lutar contra esta loucura ideológica em nome do direito à liberdade individual e à liberdade de expressão, não é suficiente. Com efeito, os militantes das loucuras anti-humanas "empurraram" a lógica da liberdade individual até às suas consequências mais extremas. A verdadeira clivagem situa-se na pretensão de se permitir ou não as liberdades consoante se alinhe ou não nas loucuras ideológicas do feminismo e do anti-racismo, ou seja, já não podemos viver em paz nem com a nossa consciência tranquila mediante as nossas crenças e valores, se as mesmas não estiverem em consonância com o que pensam, ditam e determinam os censores da ideologia do género. Chegamos a um ponto em que já não somos donos de nós próprios, nem tão pouco podemos dispor das nossas crenças e valores para fazer valer os direitos à liberdade individual, de expressão, de movimentos e de acção. 

É a loucura total, é a desconstrução de um mundo que nos permitiu chegar onde chegamos, que nos permitiu ser quem somos, acreditar e revermo-nos na herança cultural dos nossos antepassados. 

VAI TER DE CAIR MUITA SAPATADA PARA NÃO SERMOS APANHADOS NESTE EMARANHADO DE LOUCOS E DESTRUIÇÃO, ESTOU A INCENTIVAR À VIOLÊNCIA? ESTOU, CLARAMENTE.


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