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O socialismo como modelo de perversão mundial

 

O socialismo como fraude ideológica, filosófica e social mais do que comprovada, continua ainda hoje, apesar de todos os estragos cometidos, a ter adeptos ferrenhos e a iludir povos, pessoas e nações. Talvez porque a mentira fácil, dócil e inocente faça parte dos seus pressupostos. Por outro lado, o socialismo dando-se ares de modernismo e de um certo inconformismo a todos os que não pensam, ou se desabituaram de pensar, continua a ser atractivo para uma sociedade que renega o seu passado, as suas tradições históricas e culturais, que vive uma espécie de "presentismo" onde o passado "nunca deveria ter acontecido" e o futuro perfeito moldado pela acção socialista "será uma inevitabilidade para benefício de toda a humanidade".






Isto vem a propósito de um livro escrito por Edgar Morin e Stéphane Hussel em 2011, intitulado O Caminho da Esperança, onde os mesmos debitam as suas incoerências socialistas ao mais alto nível. Mas vejamos aqui alguns trechos:

"Devemos tomar consciência de que a globalização é, ao mesmo tempo, o melhor e o pior que podia ter acontecido à humanidade. O melhor, porque todos os fragmentos da humanidade se tornaram, pela primeira vez, interdependentes, membros de uma comunidade que cria a possibilidade de uma Terra-Pátria a qual, repitamos, longe de negar as pátrias singulares, as engloba. (...)"
De acordo quanto à questão de a globalização ter um duplo efeito, mas nada de acordo relativamente ao facto de a globalização não negar as pátrias singulares, bem pelo contrário, a negação é mais do que patente. É este tipo de discurso enviesado que querem vender ao povo, a inevitabilidade da destruição das pátrias, das suas culturas, tradições e características antropológicas.
Outro trecho:

"Não consideramos os imigrantes em especial como intrusos a rejeitar, consideramo-los irmãos saídos das misérias criada pela nossa colonização e pelo nosso sistema económico, um sistema que lhes destruiu as culturas de subsistência, lhes deportou as populações agrárias para os bairros-de-lata urbanos e favoreceu as maiores corrupções nos centros de decisão dos respectivos Estados."
O grande e decisivo facto é que se não fosse a colonização esses povos ainda estariam pior do que estão. A colonização não foi um mal em si, mas sim, a descolonização e os processos de autonomia que se seguiram. E nem sequer o sistema económico tem culpas no cartório, o problema está, como sempre esteve, nos regimes corruptos e cleptocratas que se instalaram nesses países. Portanto, culpar a colonização pelos males é induzir o erro na multidão, é mentir descaradamente e esconder de todos os verdadeiros problemas. Bem típico do socialismo e dos socialistas.
Mais um trecho:

"... ao mesmo tempo que os totalitarismos do século XX deram lugar à tirania de um capitalismo financeiro que não conhece limites, que submete os Estados e os povos às suas especulações, provocando o regresso da xenofobia e do racismo étnico e territorial. As devastações conjugadas da especulação financeira e dos fanatismos-maniqueísmos cegos amplificam e aceleram os processos anunciadores de catástrofes. Ao mesmo tempo, devemos tomar consciência de que, se o progresso oferece prosperidade «à ocidental» a uma fracção da população mundial, produz também enormes zonas de miséria e segrega, em si, gigantescas desigualdades".
 O discurso é tipicamente desestruturante e falacioso. A xenofobia e o racismo nada têm a ver com o capitalismo financeiro, do qual aliás, os autores foram beneficiários em larga escala, assim sendo, os mesmos não têm moral para criticá-lo. O progresso económico como gerador de prosperidade em algumas zonas do mundo e miséria noutras, é uma retórica falsa. A miséria e as desigualdades são muito mais profundas em países que renegaram o seu estatuto de colónias, países esses, alguns deles, extremamente ricos em hidrocarbonetos, matérias-primas e agricultura. Atribuir as culpas das desgraças dessas nações e povos ao mundo ocidental é mentir com todos os dentes da boca, é desviar as atenções do que realmente é importante, argumentando com falsos pressupostos para se justificar os próprios erros, ou seja, a ideologia socialista não valoriza o trabalho, o esforço, o mérito, o sacrifício e a perseverança. Prefere atribuir as culpas do insucesso e da incúria ideológica à sociedade, ao mundo em geral e, em especial, aos "malvados" ocidentais que criaram métodos de prosperidade e de trabalho que estão em flagrante contradição à retórica socialista.

Morin (Judeu sefardita) e Hessel são dos tais que apregoam as "virtudes socialistas" para aplicar aos outros, mas nunca a eles próprios. São assim os socialistas de gabinete, as teorias e inconsistências só são aplicáveis às massas informes e ignorantes e nunca aos teóricos de tal aberração, pois esses, aproveitam-se directa ou indirectamente do progresso e do capitalismo, negando-o a todos os outros, considerando-os nocivos e limitadores da felicidade e prosperidade humana

Hessel faleceu em 2013, Morin ainda vive, está prestes a completar 100 anos (8 de Julho), já tinha idade para ter juízo e deixar de dizer asneiras, assim como deixar de enganar o povo, em proveito próprio, mas são assim os socialistas, enganam os outros para terem "vidas de rei".

Comentários

  1. É realmente notável como os socialistas e os capitalistas selvagens concordam plenamente a respeito dos "benefícios" da globalização...

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  2. E como poderia ser de outra forma Afonso? Tanto o capitalismo selvagem como o socialismo pretendem, talvez com algumas diferenças de pormenor, a destruição do mundo, dos valores civilizacionais e das pátrias em nome uma sociedade sem raças, sem etnias, sem identidade própria, sem sentimentos fortes, descaracterizada e desenraizada, amorfa e facilmente manobrável! Como um rebanho de ovelhas...

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