O czar Pedro O Grande, como grande filho da puta que foi, procurou sempre durante o seu reinado abrir à Rússia uma janela para o Báltico ou para o Mar Negro. A tarefa nunca lhe correu de feição, pois a Sul tinha os Turcos a toldarem-lhe os movimentos e a Norte lá estavam os suecos prontos para dar umas chibatadas no seu exército.
Pedro era um devasso e um assassino; matou, mutilou, violou e desrespeitou centenas e centenas de súbditos por capricho e por ignorância política. Como grande cabrão que sempre foi, enquanto assinava um armistício com os turcos em 1698 depois de não conseguir os seus intentos no Mar Negro, negociava com os dinamarqueses e com os polacos uma ofensiva contra a Suécia. Em Agosto de 1700, Pedro deixou Moscovo com um exército de cerca de 40000 soldados para atacar a Suécia e fazer um cerco a Narva. Só que o rei sueco, Carlos XII, sabedor das trafulhices e da cobardia do czar russo, saiu-lhe ao caminho. Pedro, como bom cobarde que era, entregou o comando do exército ao duque de Croy, general francês, recolhendo-se à capital Moscovo para a defender. Carlos XII derrotou facilmente o exército russo apenas com cerca de 15000 soldados.
Transpondo a analogia histórica para os tempos actuais, o neo-czar Putin, perante as sanções ocidentais, anda agora a pedir apoio financeiro à China. Só que, parece-me, cheira-me ao longe, que a China nada quer com um país cuja moeda não vale nada e cada vez valerá menos. Para conseguir algo de válido da China Putin terá que fazer como Pedro fez aos polacos, prometendo-lhes terras e fundos que nunca chegaram a receber. No ano de 1702, perante o relaxamento dos suecos, Pedro, o filho da puta, lá conseguiu fundar S. Petersburgo numa pequena ilha do Neva, dando assim início ao primeiro porto russo no Báltico. Transpondo novamente a analogia histórica, Putin pretende, para além de já ter anexado a Crimeia em 2014, apoderar-se de todo o sul da Ucrânia e fundar novos portos de mar para dar vazão à sua ânsia de criar um novo império russo.
A criação de S. Petersburgo e do primeiro porto de mar no Báltico, exigiu um grande sacrifício de homens e de dinheiro. Mais uma vez, passados mais de três séculos, mais sacrifício de homens e dinheiro, para além da destruição de toda uma região com grandes riquezas agrícolas e minerais.
Os burros morrem mas as palas ficam, transitam de geração em geração, sem peias nem rodeios.
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