Contrariamente à cultura propriamente dita a "cultura de massas" é muito mais personalista e individualista, revelando, por vezes, aspectos bem característicos de alienação e de complexos de superioridade e até mesmo de inferioridade.
A cultura de massas desenvolveu-se muito a partir de 1960. Não surpreende que assim fosse pois, é uma cultura que obedece a padrões típicos dos meios de produção industrial em massa ou em série. À produção em massa necessário se mostrou haver consumo em massa; modas, tendências, marcas, mimetismos com a respectiva publicitação pelos meios de comunicação igualmente de massas. Os critérios de rendimento e rendibilidade sobre a produção cultural também ajudaram ao aparecimento da cultura de massas.
O problema aqui, como em tudo, resume-se à forma como as coisas são apreendidas e entendidas. É certo que existe uma uniformização da mensagem mediática, mas não é certo que exista uma uniformização da recepção da mensagem mediática. Isto é, não se pode confundir "cultura para as massas" e "cultura de massas". São conceitos diferentes, quer nos seus princípios, quer nos seus objectivos gerais.
As particularidades culturais de cada grupo ou pessoa fazem com que uma mensagem mediática seja analisada e entendida de modos diversos, sendo reinterpretada segundo as lógicas culturais de cada povo, grupo ou pessoa. Não representa, de modo algum, uma cultura mundial. Este tipo de cultura está ligada ao conceito de escolha, que se revela na perfeição no modo de vestir, de estar, de se alimentar, do que se faz ou não, as diversas escolhas nos mais diversos parâmetros sociais. De forma simples, o que se compra ou não, o que se consome ou não. Comer, vestir-se, falar, conversar, estudar, investigar, e outras coisas, pertencem a mundividências diferenciadas que marcam a pertença a determinados grupos e classes sociais particulares.
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