No final do século XII os portos da Flandres e da Toscânia têm as melhores terras e colheitas.
Mercadores em escala - escravos revoltados - a servidão não monopoliza toda a mão-de-obra - uma nova classe a burguesia, que traz saber técnico, economia de trabalho e, consequentemente, mais lazer e proveitos.
O aparecimento de moinhos de água e da mecanização das colheitas, correspondem a progressos que permitiram a industrialização do processamento de alimentos.
A cidade de Brugges torna-se o "coração" da primeira forma da nova ordem: o capitalismo. A invenção maior daquele tempo aparece de seguida; possibilita aos barcos contornar os ventos e transportar armas de fogo. Todas estas inovações permitem aos burgos - portos~, arsenais e feiras - monopolizar o comércio marítimo. Onde existe controlo do dinheiro, a dianteira sobre a força e do assalariado sobre o escravo é notória.
Aumentam as divisões do trabalho, a produção agrícola aumenta, o preço do trigo baixa; mais cidadãos podem consumir, comprar vestuário de lã mediante o incremento de novas tinturarias. Aparecem as primeiras máquinas de tecer; as necessidades de crédito aumentam exponencialmente. No final do século XIII, Brugges tem o mais dinâmico dos portos, com um forte país agrícola por trás e os seus mercadores já se deslocam por terra e mar, à Escócia, Inglaterra, França, Polónia e Península Ibérica, e até mesmo à Índia e Pérsia.
O ancoradouro de Brugges torna-se a escala mais importante do conjunto das feiras flamengas. A partir de 1247, os barcos genoveses atracam no porto de Brugges, em 1314 são os de Génova a fazer o mesmo. Mercadores italianos instalam-se naquelas paragens à procura de especiarias da Índia e da China, trocando-as por vidro, joias, vinho e lenços de seda.
A partir de 1348 a Peste Negra chega à Europa, matando 1/4 dos europeus e cortando os circuitos de troca. Os portos e as feiras começam a ficar arruinadas, segue-se um arrefecimento climático que reduz as viagens de trocas. Declínio do porto de Brugges e das feiras da Flandres.
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