O terceiro jogo da 1ª jornada do Seis Nações 2025 trouxe um jogo espectacular, bem jogado, com estonteantes jogadas à mão e onde se viu, na perfeição, que esta Irlanda aspira seriamente a fazer o tri no torneio (27-22 ganhou a Irlanda à Inglaterra). Algo que nunca antes aconteceu. Nenhuma selecção venceu o torneio três vezes seguidas, nem no tempo do Cinco Nações (até 1999). A Irlanda, do que vi ontem, pode fazê-lo, e só a França o poderá impedir. Aliás. o Irlanda - França da 4ª jornada no dia 8 de março, deverá ser o jogo charneira desta edição. A não ser que haja surpresas antes, e digo surpresas porque, até ver, França e Irlanda são claramente as melhores selecções europeias.
De entre todas as características do rugby, uma das que mais marcam para quem vê rugby desde muito novo, como eu, é sem dúvida a rivalidade saudável entre selecções. Uma rivalidade que dá gosto ver (nada de parecido acontece no futebol, infelizmente), e as comparações com o futebol são inevitáveis. Aqui não se ridiculariza os adversários, não se discute com os árbitros, mesmo que eles errem, e por vezes acontecem erros embora com muito menor frequência do que no futebol, não há manhosos nem se utilizam tácticas de anti-jogo, é o espectáculo pelo espectáculo, mesmo sacrificando o resultado final como diversas vezes acontece. E no final, mesmo depois de algumas picardias e momentos mais violentos, todos se cumprimentam, abraçam e parabenizam com uma guarda de honra dos vencidos aos vencedores.
Um espectáculo verdadeiramente digno de tal, um grande acontecimento desportivo.
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