Relativamente ao meu post anterior diga-se que evidentemente eu não me referia à igualdade perante a lei, ou a chamada igualdade natural, mas sim, à igualdade social de impossível existência. Não existe igualdade social, nunca existiu e nunca poderá existir numa sociedade dita saudável.
A diferença e a variabilidade individual, isto é, a desigualdade, é evidente a partir do longo registo da experiência humana; daqui se segue o reconhecimento geral da natureza anti-humana num mundo de uniformidade coerciva. Social e economicamente, esta variabilidade manifesta-se e é por demais patente na divisão universal do trabalho e na «Lei de Ferro da Oligarquia», a evidência e a naturalidade de que em qualquer organização ou actividade, alguns, os mais interessados, capazes, irão acabar como líderes, com a restante massa dos membros a preencher os restantes postos como seguidores e cumpridores de ordens. Isto é simplesmente aquilo que Jefferson apelidou de "aristocracia natural", ou seja, os melhores ou mais adaptados para desempenho de certas funções.
O registo da desigualdade indica, sem sombra de dúvidas, que a variabilidade dos homens está enraizada na sua natureza biológica. E é precisamente esta conclusão sobre a biologia e a natureza humana que mais irrita os ditos igualitários, os que querem a igualdade por decreto. E como se torna difícil para os igualitários negar as evidências da natureza humana, os mesmos trataram de inventar uma narrativa muito própria. A cultura é a culpada!! dizem eles, e também o meio social onde cada indivíduo está inserido.
Sabemos muito bem que este tipo de narrativa engendra o inconformismo, a permanente insatisfação do homem com a consequente tentativa de escape ao mundo, uma fuga à realidade efectiva do mundo.
Comentários
Enviar um comentário